quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Apresentação 07/10/2009

Hoje 07/10/2009 nós " Os perdidos" apresentamos o enredo do livro : Robinson Crusoé, de Daniel Defoé. , uma parodia, uma encenação do inicio do livro , um desfile e este blog.
A equipe "Os pontuais" apresentaram o enredo do livro : Cinco minutos, de José de Alencar, apresentaram uma pequena peça do inicio do livro ( o ponto principal).
A equipe "Abolicionistas" apresentaram o enredo do livro : A escrava Isaura, Bernardo Guimarães , Um desfile, uma pequena peça sobre o final do livro e uma parodia.
"Nós gostamos das apresentações. As apresentações ficaram muito parecidas com o enredo do livro.As parodias também ficaram muito boas".

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Download da obra robinson crusoé





http://www.2shared.com/file/8177109/84b294df/robinson_crusoe_By_AkinO_.html

Resumo da obra


Resumo da obra: O romance narra à história de um jovem de espírito aventureiro, com um ousado ideal : assumindo a responsabilidade do que pudesse suceder de bom ou mal com ele. Robinsom Crusoe saiu da casa de seu pai aos 19 anos. Foi comerciante, escravo e plantador de fumo no Brasil antes de naufragar em uma ilha aparentemente deserta. Passou a viver de maneira rude com apenas alguns utensílios que conseguiu resgatar do Navio encalhado próximo a ilha. Começa sua luta para sobreviver. Constrói um abrigo, móveis e aprende a viver sem conforto. Após construir um barco para tentar sair da ilha e não conseguir nem tirá-lo do lugar percebe que sozinho será muito difícil fazer algo por si mesmo. Com curiosidade faz uma expedição pela ilha, encontra um pomar e cabras que mais tarde adquire habilidade para domesticá-las. Descobri que a terra é fertil e passa a plantar. Aprende a preparar pães, bolos e a fazer vasílias de argila para guardar alimentos. Depois de 23 anos na ilha Crusoe encontra Sexta-feira (assim chamado em razão do dia da semana que foi salvo). E pensa que agora ficaria mais fácil construir outro barco e arrastá-lo. Mas logo é surpreendido por selvagens que desembarcam na ilha trazendo Cristiano (homem branco- náufrago salvo pela tribo de Sexta-feira) e o pai de Sexta-feira. Crusoe e Sexta-feira os salvam da morte em uma batalha contra os selvagens. Alguns dias depois é a vez de Militares Ingleses desembarcarem com uns prisioneiros. Trata-se de um Capitão e dois auxiliares que ali estão por não obedecerem à ordem dos Militares e traficantes para traficar escravos com o navio. Crusoe e Sexta-feira os salvam e garantem abrigo e alimento até o resgate do comando do navio pelo capitão. Crusoe, O capitão e sexta-feira deixam na ilha cinco bandidos por acreditarem na recuperação deles e não desejarem ser os responsáveis pela morte dos mesmos. Depois de 30 anos na ilha Crusoe volta a civilização com um papagaio, um diário e o amigo Sexta-feira e uma experiência que muda a vida de um homem. Durante a leitura percebe-se a preocupação de Crusoe em falar das coisas simples e dos valores.

Daniel Defoe


Daniel Defoe (Londres, 1660 – Londres, 21 de Abril de 1731) foi um escritor e jornalista inglês, famoso pelo seu romance Robinson Crusoe.

Nascido como Daniel Foe, provavelmente na paróquia de St.Giles Cripplegate, foi aluno de Charles Morton, cujo estilo, juntamente com aqueles de John Bunyan e da oratória da época, poderá tê-lo influenciado construtivamente. Depois de acabados os estudos, Defoe tornou-se comerciante, embora a sua tendência para a especulação não tenha favorecido essa carreira.

Defoe escreveu panfletos famosos, muitos deles favoráveis a Guilherme III. Para além disso, fundou e incrementou o jornal periódico The Review quase sozinho, desenvolvendo um trabalho que viria a favorecer a afirmação dos famosos The Tatler e The Spectator.

Contudo, foi graças a Robinson Crusoe, de 1719, que ficou famoso. Os críticos consideram geralmente que a forma moderna do romance nasceu com esse texto narrativo, que, partindo das memórias de alguns viajantes, nomeadamente do marinheiro escocês Alexander Selkirk, configura um relato cuja verdade depende sobretudo da acumulação de pormenores concretos.

Neste romance narra-se a história do único sobrevivente de um naufrágio que o isola numa ilha aparentemente deserta. Assim se figura o percurso de uma personagem que, tudo fazendo para conservar os valores da sua humanidade básica, afirmando-os sobre uma natureza hostil e frequentemente incompreensível, acaba por ser adoptada pela História das Ideias como um arquétipo dessa condição.

Em Moll Flanders de 1722, Daniel Defoe continuou a problematizar narrativamente os percursos de personagens solitárias e em crise. Uma outra obra significativa é A Journal of the Plague Year, também de 1722, na qual constrói um relato de uma epidemia de peste com admirável e original realismo.
"

Nasci em 1632, na cidade de York, onde meu pai passara a viver, depois de ter conseguido, com seus negócios, alguns meios de fortuna. Tinha dois irmãos mais velhos do que eu. Um, tenente-coronel, que faleceu na batalha de Dunquerque, na luta contra os espanhóis. Quanto ao outro, nada sabia do que lhe sucedera, coisa que nem meus pais podiam informar-me, tanto o tempo que nos deixara.

Como não tinha o que fazer, porque não aprendera ofício algum, dei de encher a cabeça com fantasias. Estudara numa excelente escola pública de York, meu pai desejava que eu seguisse a carreira de advogado, mas o desejo que me consumia era outro.

Dedicar-me à vida do mar era coisa que me dominava inteiramente, pondo-me surdo às advertências e às solicitações serenas e doces de minha boa mãe. Meu pai, homem grave e enérgico, deu-me ótimos conselhos, para que deixasse de lado aquelas fantasias, mas tudo foi em vão. O chamamento do mar era coisa poderosa, que me atraía e subjugava.

Um dia, chamou-me ele ao seu quarto, porque acamado, e me falou, mais quente e mais seriamente, das minhas frioleiras, inquirindo-me sobre a razão de meu desejo de deixar a casa paterna, onde tudo tinha para enriquecer, graças à minha aplicação, podendo levar vida agradável e tranqüila."

Crusoé





Estranhas Aventuras de Robinson Crusoé (1719), romance célebre de Daniel Defoe (1660-1731).

Defoe inspirou-se na história verídica de um marinheiro escocês, Alexander Selkirk, abandonado, a seu pedido, numa ilha do arquipélago Juan Fernández, onde viveu só de 1704 a 1709. Robinson Crusoe herda desta história o mito da solidão, na medida em que, depois de um naufrágio de que é o único sobrevivente, vive sozinho durante vinte e oito anos, antes de encontrar a personagem Sexta-Feira. O romance simboliza a luta do homem só contra a natureza, a reconstituição dos primeiros rudimentos da civilização humana, testemunhada apenas por uma consciência e dependente de uma energia própria.

Robinson Crusoe constitui uma obra-prima dos alvores do realismo, distinguindo-se assim, desde logo na composição das personagens, de outros romances da época. De fato, era freqüente a narração da história amorosa e sentimental dos homens mas não a sua vida prática. Daí que a criação de Crusoe seja francamente inovadora: com um espírito prático e positivo, alheio a todo o sentimentalismo e à debilidade poética, Crusoe é um homem para quem as coisas existem concretamente, sem possibilidade alguma de transformação fantástica. Não é uma personagem afetada e melindrosa, como as que, na época, eram importadas da literatura francesa, apenas compreensíveis nos círculos da corte. Crusoe é um ingénuo que não se deixa enganar facilmente, é ativo e tem plena confiança na força do homem e no seu destino vitorioso. Apesar de não possuir uma inteligência extraordinária, pertence ao grupo dos vencedores: é infatigável, tenaz e engenhoso na sua necessidade de sobrevivência e no seu desejo de se sobrepor à natureza.

Ao mesmo tempo, Crusoe é uma personagem perturbada por problemáticas espirituais, bem próprias do mundo inglês do seu tempo, que o colocam no limiar de uma certa modernidade, aquela que permite afirmar o individualismo radical nos mais diversos domínios: filosófico, político, econômico, etc.

economia


Uma vez que a economia política gosta das robinsonadas, visitemos então Robinson na sua ilha. Embora naturalmente modesto, nem por isso tem menos necessidades diferentes a satisfazer, sendo-lhe necessário executar trabalhos úteis de várias espécies, por exemplo, fabricar móveis, fazer utensílios, domesticar animais, pescar, caçar, etc. Acerca das suas orações e outras bagatelas semelhantes nada temos a dizer, pois que o nosso Robinson encontra nisso o seu prazer, considerando essas actividades como uma distracção tonificante. Apesar da variedade das suas funções produtivas, ele sabe que elas são apenas as diversas formas pelas quais se afirma o próprio Robinson, isto é, são simplesmente modos, diversos de trabalho humano. As próprias necessidades obrigam-no a dividir o seu tempo pelas diferentes ocupações. O facto de uma ocupar um maior, e outra um menor lugar no conjunto dos seus trabalhos, depende da maior ou menor dificuldade que tem de vencer para conseguir o resultado útil que tem em vista. É a experiência que lho ensina, e o nosso homem que salvou do naufrágio relógio, livro-razão, pena e tinta, não tarda, como bom inglês que é, a anotar todos os seus actos diários. O seu inventário contém a descrição dos objectos úteis que possui, dos diferentes modos de trabalho que a sua produção exigiu e, finalmente, do tempo de trabalho que lhe custaram, em média, determinadas quantidades destes diversos produtos. Todas as relações de Robinson com as coisas, que formam a riqueza que ele próprio criou, são de tal modo simples e transparentes que qualquer pobre de espírito as poderia compreender sem grande esforço intelectual. E, no entanto, estão aí contidas todas as determinações essenciais do valor. Passemos agora da ilha luminosa de Robinson para a sombria Idade Média europeia. Em vez do homem independente, todos aqui se encontram dependentes: servos e senhores, vassalos e suseranos, leigos e clérigos. Esta dependência pessoal caracteriza tanto as relações sociais da produção material, como todas as outras esferas da vida assentes sobre ela. E é precisamente porque a sociedade se baseia na dependência pessoal que todas as relações sociais nos aparecem como relações entre pessoas. Por isso, os diversos trabalhos e os seus produtos não têm necessidade de assumir uma figura fantástica distinta da sua realidade. Surgem [no mecanismo social] como serviços e prestações em espécie. É também a forma natural do trabalho, a sua particularidade e não a sua generalidade, o seu carácter abstracto, como na produção mercantil -, que é aqui a sua forma [directamente] social. A corveia, tal como o trabalho que produz mercadorias, é igualmente medida pelo tempo; mas todo o camponês sabe muitíssimo bem - sem necessidade de recorrer a um Adam Smith - que é uma quantidade determinada da sua força de trabalho pessoal que ele dispende ao serviço do seu senhor. O dízimo a pagar ao cura é bem mais claro que a bênção deste. Como quer que julguemos os papéis que os homens desempenham nesta sociedade [uns perante os outros], as relações sociais das pessoas nos seus trabalhos respectivos afirmam-se com toda a nitidez como as suas próprias relações pessoais, não se dissimulando em relações sociais das coisas, dos produtos do trabalho.